O relato de Gênesis nos diz que as luzes do céu foram designadas para sinais, não para serem confundidas com a astrologia pagã condenada pela Bíblia. Será que as constelações, hoje apresentadas como símbolos mitológicos, originalmente tinham um significado mais puro, mais bíblico?
No livro de Jó, Deus pergunta: “Ou poderás tu atar as cadeias do Sete-estrelo ou soltar os laços do Órion? Ou fazer aparecer os signos do Zodíaco ou guiar a Ursa com seus filhos?” (Jó 38:31-32)
O significado da palavra hebraica traduzida por Mazzaroth (signos do Zodíaco, em português, ARA) é uma questão para discussão. Alguns estudiosos da Bíblia acreditam que a palavra seja, na verdade, uma referência às divisões das constelações ao longo da esfera celeste.
Propõe-se que a palavra, originalmente, tenha sido dada como guia profético da vinda do Messias, uma história enunciada nos céus, a qual depois foi corrompida por interpretações de astrólogos – quem acredita que o alinhamento dos corpos celestes realmente influencie o destino da humanidade.
Os babilônicos dividiram o círculo das constelações em 12 partes iguais, o que corresponde aos meses do ano. Ptolomeu, astrônomo grego do século II, descreveu essas divisões por seus nomes latinos. O termo Zodíaco, na verdade, significa “círculo de animais”.
No entanto, é muito importante considerar que as constelações variam de tamanho. Elas não representam exatamente as 12 divisões do ano. Além disso, os astrônomos agora reconhecem uma 13ª constelação ao longo da eclíptica, a constelação Ofiúco. Um fenômeno astronômico conhecido como precessão do equinócio comprova que as previsões dos astrólogos não têm fundamento. Devido à precessão, desde os tempos babilônicos, o signo de Áries está, na verdade, dentro da constelação de Peixes.
Nos tempos antigos, corpos celestes como o sol, a lua e as estrelas eram as figuras centrais do Zodíaco. Eles eram considerados como deuses e deusas e, com base no Zodíaco, os movimentos dos céus tornaram-se meios de adivinhação.
As Escrituras nos dizem que os homens adoraram mais as coisas criadas do que o Criador. No livro de Reis, vemos o rei Josias ordenando que quem adorava e queimava incenso a Baal, ao sol, à lua, aos signos do zodíaco e às hostes do céu, fosse morto.
Há muito para aprender com o estudo dos céus. Contudo, é preciso cautela para ficar longe do uso da astrologia mundana estabelecida pelos babilônicos. No livro de Apocalipse, vemos que um dia as instituições da Babilônia cairão.
É o Criador dos céus quem deve ser adorado, não os céus.
“… adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” (Apocalipse 14:7)
Sou David Rives…
Os Céus Realmente Proclamam a Glória de Deus.
Tradução: Mariza Regina de Souza